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entre os dedos domingueiros
o silêncio do autor,
destino à esmo
que o homem
sem saber
esquecido incrustado no ferro
braços abertos em asa
ao meio dia
trilha o cotidiano
solidão do cimento esverdeado
em um relógio sem pilhas
perdeu-se na noite fria
não houve canto
o coração ferido de aço e sucata
adorar musgos lesmas lamber
desleixo
ardo sem alarde
em frente à rodoviária
perdi o bonde
na chapada iluminada
deserta
banhados de suor
meus beijos adocicados
enfurecidos na noite vermelha



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