praia do caju



da fruta das águas dos sonhos doces
o rio sem margens estabelecidas
o corpo sem pressa
depositado no vai-mas-vem das ondas
alívio na jangada alheia
uma nau delírio
emolduradas
cadentes, estrelas, salientes
envoltos no breu noturno homens inebriados névoa
gritos, despidos, despreocupados
pedidos realizados quando os riscos no alto vislumbrados
a noite freme e sem pressa
as criaturas fodem entre árvores
sombras, frutíferas, visagens
à beira do mar de águas ternas
amanhecemos descampados dos deveres

não há sal em meu íntimo,
apenas açúcar



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