doce é a tarde dos metais ou tempero meu verso com sabores moídos




desvendando gavetas veredas domésticas
à procura do açúcar
atravessar a casa de pés-descalços
quando a tarde cai sobre lençóis e a casa silenciosa
a fumaça da brasa é sensual
verduras brotam sem fúria
formigas migram entram no perímetro
das laranjas que despencam sorridentes
música um som enferrujado
barulho agreste despertador



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