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"as mãos estão frias"

em junho 20, 2015

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as mãos estão frias
não mortas, é
um frio
igual ao da barriga

ansiedade antes do toque

as mãos estão frias poema poesia rodrigo m leite ser movediço

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ketchup

escrito com Renata Flávia o sabor do teu número, primeiro contato no verso do guardanapo de um pastel chinês o sangue forjado dos filmes b que gravei no teu pen drive as manchas do lençol na pizza do aniversário tua boca ferida violência do vermelho ao abrir o sachê do nosso último encontro

entardecer baldio entre o estádio lindolfo monteiro e o ginásio poliesportivo verdão ou suco do abrahão desde 1957 tradição

vigas inacabadas miram o céu refletores desligados do estádio solidão do cimento enlodado quando vermelhas as monarkes velozes inauguram rachaduras cicatrizes no chão um gosto tamarindo na boca ardor azedalaranjado do poente metálico influenciado pela ponte

"oferecer olhos com fome"

oferecer olhos com fome exigir infrações que não faltem vias nem tinta para forjá-las

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