"Quando saía da cidade, ainda na transição das zonas, guardião de uma casa abandonada, um jumentinho triste"




Quando saía da cidade, ainda na transição das zonas, guardião de uma casa abandonada, um jumentinho triste

Sobre as cicatrizes, flores amarelas caíam

O caminhante na estrada com morros, neblina nos picos envolvidos; o caminhante com mochila pequena de criança, colorida, mas encardida

Um sonho: a quinta na hora das borboletas, acerolas no chão molhado de chuva

O pensamento: encontrar a velha na tapera na metade da manhã

Riscar com o assobio o gatilho dos cachorros: tem um cão com a corda no pescoço

No posto de gasolina campeão, um ônibus sempre encostado. Na infância, excursões aos minadouros de água. O isopor cheio de dindin, cheiro de protetor solar

Àquela época, tão amparado, mas as águas secaram

Ou mudaram de lugar



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